terça-feira, 29 de novembro de 2011

29 de Novembro de 2011

Hoje é um daqueles dias em que me está a apetecer dar um grito. 
Mas um grito que desse para todos me ouvirem, ouvirem a verdadeira xana e não aquela que pensam que sou.
Gritaria que vos ouço ( sabem a quem me refiro ) mais do que possam pensar. Gritaria que me arrependo dos erros que cometi com os meus pais. Gritaria que dava tudo para voltar atrás e fazer tudo diferente. Gritaria "perdão" a quem magoei muito com uma mensagem falsa. Gritaria que não precisas de duvidar de que gosto de ti e que gosto de estar contigo.
Às pessoas que tanto me dão na cabeça e que se sentem desiludidas comigo, só posso pedir que de facto estejam descansadas porque tenho ouvido e acatado os vossos conselhos. As aparências iludem e por muito que pensem que nada mudou, não é bem assim. Mudou sim. Apenas não quis nem quero que a mudança seja brusca. Estou a resguardar-me e isso é o mais importante.
A ti que tantas duvidas tens só posso pedir que pares de as ter. Não me digas para fazer por isso porque eu já o faço. Podes não te aperceber, por isso deverás estar mais atento. Mas duvidar não é solução. Estou cansada de tantas dúvidas injustas. Eu só quero paz e tranquilidade para poder estar bem contigo e comigo. Preciso de paz para me concentrar no curso e de paz para viver. Estou contigo porque quero e porque gosto de ti. Esquece as dúvidas. Esquece os medos. Só assim me darás força para eu continuar e terminar esta etapa em Vila Real. 
Havia mais um grito que gostaria de dar. Apesar de achar que seria inutil. Gritaria aos meus pais para que, apesar de tudo, se esforçassem para ver quem realmente sou e para entenderem que por muito que a eles não lhes diga nada, eu estou triste porque um grande amigo vai embora. será assim tão dificil perceber que eu não sei lidar com perdas e que elas me fazem sofrer muito??
Mas pronto. Quanto a isso acho que eles nunca vão entender. Ou talvez um dia longínquo.

Fragolita

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

conhecer...

Mas afinal o que quer dizer este verbo?? Quando é que podemos dizer que conhecemos alguém??
Será que é quando sabemos de que cor gosta essa pessoa?? Será que é quando sabemos qual a sua comida favorita?? Será que é quando sabemos qual a musica que mais gosta?? Será que é quando sabemos qual o seu filme favorito??
Conhecer é tudo isso e muito mais. É saber ver nos olhos do outro aquilo que vai a alma. Sentir no som da sua voz a sua dor ou a sua alegria.
Conhecer também é dar-se a conhecer aos outros. Só quando permitimos aos outros que entrem no nosso mundinho, é que podemos entrar no mundo deles.
Felizmente, posso dizer que, de facto, conheço muitas pessoas. Sei os seus gostos. As  suas preferências musicais, gastronómicas e cinemáticas. Conheço o som da sua voz quando estão contentes e quando estão tristes. Sei ler os seus olhos quando as palavras não lhes saem da boca. Então surge a questão: o que chamar às pessoas que conhecemos? Conhecidos? Não me parece. Para mim, conhecidos são aqueles que sei o nome e pouco mais. Às pessoas que realmente conheço eu chamo amigos. Porque eu só me dou ao trabalho de conhecer aqueles que demonstram ter qualidades que admiro. Os seus defeitos não ignoro, simplesmente tolero. Afinal de contas todos temos defeitos.

Fragolita

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

22 de Setembro

Lembro aquela noite com todos os detalhes. Parece que foi ontem. E passou já um ano.
Naquele dia nada comi, nada bebi, apenas chorei. Não suportava mais aquela dor no peito. Queria dormir e pensar que tudo tinha sido um pesadelo. Não conseguia.Queria desaparecer. Queria ir ter com o meu fragola e com o Xavier. Foi então que peguei em todos os medicamentos que tinha e tomei-os. Um a um. Os ultimos já custaram a ingerir. Mas eu só queria desaparecer, só tinha vontade de morrer.
Graças a eles o sono chegou. Mandei uma mensagem à carla, como que uma despedida, e uma ao António. as únicas pessoas que me preocupavam eram eles. Só senti vontade de me despedir deles.
Adormeci.
Acordei passado algum tempo (não sei quanto) com o António a bater na janela e na porta do meu quarto vom uma força tal que ambas tremiam. Abri a porta e disse-lhe "Fala praí..". Deitei-me na cama. Foi aí que ele viu as embalagens vazias e perguntou-me o que tinha eu feito. Ri-me na cara dele. Ele voltou a questionar-me, embora ja soubesse a resposta, e disse para irmos ao hospital. como é lógico eu não queria, mas ele consegui convencer-me quando ligou à carla e lhe disse o que aconteceu.
E lá fui eu para o hospital de vila real.
O tratamento não podia ser pior. Para a médica e para as enfermeiras eu era um bicho. Ou pior. Levaram-me para uma sala e enfiaram-me um tubo no nariz sem qualquer cuidado ou anestesia. Vomitei a sala e a enfermeira toda. O tubo nao entrou e o procedimento foi repedido. Mais uma vez sem cuidado ou anestesia. A enfermeira estava tão danada que aplicou força tal que ele entrou logo. De tubo no nariz fui para um corredor onde ao meu lado estava uma senhora idosa que so gritava. Só me queria vir embora. Mas nem isso podia. Era necesário que o António assinasse o termo e ele recusava-se. Na altura fiquei chateada, hoje sei que ele fez o melhor. Não dormi nada. Tinha dores do nariz ao estômago. A mulher gritava. Os médicos só lá iam manda-la calar. Ela morre de madrugada. Numca tinha visto ninguém falecer. Senti-me triste.
Chegou a manhã e fui para a enfermaria. Tomei o pequeno almoço a muito custo. Comer era a última coisa que me apetecia. E lá fiquei. aguardando a chegada do psiquiatra para me dar a alta. E lá veio ele. Falou comigo e não me queria deixar vir embora com o António. Tanto insisti que lá viemos embora.
Que noite.
Foi a noite que tudo mudou.
A noite que não quero repetir.
Obrigado a todos que me ajudaram!!



Fragolita

terça-feira, 13 de setembro de 2011

12 de Setembro

Meu querido fragola.
Passaram 4 anos desde que te perdi. Recordo o dia da tua perda como se tivesse sido ontem. Ainda sinto os cheiros e ainda ouço os sons. A neide lá em casa logo de manhã. O abraço que fui a correr dar à lai.
Não queria acreditar o que, no fundo, senti a noite toda que tinha acontecido.
Fazes falta. Fazes-me falta.
Nestes 4 anos aconteceram muitas coisas das quais eu gostava que tivesses feito parte. Sei que estás sempre comigo, mas fazeres parte significaria estares lá, comigo, ao meu lado. Entrei na faculdade ( foi por 2 dias que não partilhaste comigo este momento ). Amei. Sofri. Vivi. Tirei a carta. Queimei as fitas.
Todos estes dias sem ti, foram dias incompletos. Faltava-me o meu mentor, o meu herói. Mas senti a tua presença. Não que isso me baste. Mas já significou algo.

Tua Fragolita

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

2 de Setembro de 2011

Parece que Setembro está destinado a ser um péssimo mês para mim. 
Num ano perco "O Amor" e desisto de viver. Este ano, vou para jantar fora em família e o meu querido pim e o meu guguinha vão para o hospital por causa de um idiota que não sabe conduzir. 
Não me sai da cabeça aquele momento em que me apercebo que era o carro do meu tio que tinha batido. Veio-me logo à cabeça o meu menino e o meu tio. Saio do carro e vejo o meu tio agarrado ao peito, o meu menino em choque e com a mão na cabeça. 
Depois a chegada dos bombeiros. A cara de pânico do meu guga. Três homens a imobilizarem o meu tio e a porem-no na maca. E eu ali. Impotente. Senti-me uma inútil quando a única coisa que pude fazer foi ligar ao 112. 
Dois dos meus heróis ali, a caminho do hospital. 
Estava em pânico. Queria ligar-te e ter um colo. Não consegui.
Fui ter com os meus outros dois heróis, o meu gonçalo e o meu benny.
A eles ainda podia dar carinho e apoio.
Que susto. Mas que grande susto.
Felizmente eles, como heróis que são, conseguiram vir para casa. Mas só saber que eles ficaram feridos faz-me ficar triste. Não merecem que nada lhes aconteça pois são dos melhores seres humanos que existem no mundo.
Mas vai passar. Eles vão ficar bem. Eu acredito nisso.
A vocês meus heróis. Vocês vão ficar bem.

Fragolita

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Inspirações de uma sala de cinema vazia


Todos nos, em algum momento da nossa vida, precisávamos de um castor. Algo que se atracasse a nós como se de uma parte do corpo se tratasse e nos fizesse ver o mundo de uma maneira diferente. Algo que funcionasse como uma espécie e subconsciente que nos guiasse pelos caminhos da vida. Que nos ajudasse a ter uma outra perspectiva da vida.
Quantas vezes já precisamos de uma visão geral das coisas que fosse imparcial?!? Mas aquele amigo está influenciado pelo seu receio de nos ver sofrer, por isso diz para sairmos dali. O outro amigo quer que percamos o medo de arriscar, por isso diz vai em frente. Outro amigo lembra-se de uma experiencia semelhante que resultou e, por isso, aconselha-nos a seguir o mesmo caminho para que o resultado seja semelhante. E nós ficamos sem saber o que fazer. Ainda mais confusos e com mais duvidas do que aquelas que já tínhamos.
Falo por mim. Tantas vezes desejo ter uma espécie de castor que me diga as coisas de forma 100% imparcial. Porque somos humanos e por muito verdadeira que seja a amizade, a imparcialidade perde-se quando lidamos com sentimentos. Ter uma visão imparcial acho que iria ajudar muito quando me sinto num cruzamento e não sei por que caminho seguir. Quando não sei se ando para a frente, se mudo de direcção , ou se recuo.
Ouvir a voz do coração não me vale de muito. Está demasiado machucado para querer falar. A única voz interior que tenho, a da razão, diz-me só para me afastar de tudo o que me possa vir a fazer sofrer. Por isso fico perdida. Sem saber o que fazer. Se ao menos tivesse um castor que me ajudasse a ver o mundo com os olhos de quem tudo vê de forma clara e racional. 


Fragolita

domingo, 14 de agosto de 2011

Não querias um texto????


Às  vezes não sei se as pessoas se esquecem de se despedir ou, simplesmente, se fazem de esquecidas. Preferia que se despedissem de mim. Quer seja por 2 semanas ou até um dia. Porque ao despedirem-se de nós as pessoas mostram o carinho e a saudade que dizem sentir. Ao despedirem-se de nós, as pessoas mostram que vão sentir a nossa falta, a falta da nossa companhia e de todos os momentos. Se não se despedem é porque não se importam. A saudade que possamos sentir ou a falta que nos possam fazer resume-se a um nada silencioso. Não me digam que é por não gostarem de despedidas. Porque ninguém gosta, mas isso não impede de mostrar que se sente tristeza e saudade na despedida. Quem não se despede de nós, fere o carinho que sentimos e transforma a saudade que se possa sentir numa vontade de esquecer. 

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Se o meu coração fosse uma rocha, seria, certamente, um conglomerado. Uma rocha sedimentar formada por diversos clastos unidos por um cimento. Pedaços de um coração que um dia foi um só e que hoje é um conjuntos de pedaços que se foram partido ao longo do caminho e que o amor e o carinho dos amigos e da família ajudou a colar.
Não, não estou triste. Dizer que o meu coração é um conjunto de pedaços colados não é , para mim, sinónimo de tristeza. é sinónimo de verdade e realismo. Não estou triste porque tenho o coração partido. Estou feliz porque tenho pessoas que sei que estarão sempre lá para voltar a colar vezes sem conta os pedacinhos do meu conglomerado que se vão desintegrando com a meteorização da vida.
Todos nós um dia, por diversas circunstâncias, já partimos o nosso coração. Por amor, por desilusões com pessoas que julgávamos amigas, por pessoas que perdemos, porque não alcançamos o nosso objectivo, etc.
Mas o importante, o mais importante de tudo, é que possamos aprender com cada circunstância que faz o nosso coração partir e, sobretudo, saber que temos pessoas que estarão sempre lá para colar os pedacinhos todos e fazer um coração inteiro a partir de um coração fragmentado.
A todos que colaram os pedacinho do meu coração: Obrigado!
A todos que o partiram: Obrigado! Fizeram-me crescer e aprender a contornar as vicissitudes. 

Fragolita

sábado, 25 de junho de 2011

Momentos Pandora

Na vida tudo se resume a uma caixa de Pandora. Uma pequena caixa branca, de forma cúbica e com o símbolo gravado no topo. Uma espécie de “O” com uma coroa no topo. Essa coroa tem três bicos. Cada um deles representa uma regra crucial para a vida: love, laugh, love. Eu não sou grande fã de estrangeirismos mas, neste caso, achei interessante como as três palavras começam pela mesma letra, e como a forma dessa letra, a letra l, se assemelha a cada bico da coroa da Pandora.
Como estava eu a dizer, a vida resume-se a uma caixinha de Pandora. Um lugar onde guardamos aqueles momentos que amamos e que queremos sempre recordar e ter por perto. Gostamos de, de vez em quando, abrir a nossa caixinha de Pandora e recordar um por um, todos os nossos momentos de felicidade. Aquela surpresa que alguém nos preparou com amor. Aqueles amigos que estiveram ao nosso lado quando mais precisamos. Alguém de quem nos orgulhamos. Aquela amiga que, de tão especial que é, nunca será esquecida. O nosso pai que a distância separa mas que o coração une. Aqueles que não são do nosso sangue mas temo-los como família. A irmã que amamos incondicionalmente e que, silenciosamente, idolatramos pois sabe que ela nos supera em muitas coisas. A mãe que amamos apesar das diferenças. O desejo de boa sorte de alguém por quem temos muito carinho. A tia que quis deixar um “X” como recordação. A promessa de estarmos sempre juntos daqueles que mais amamos e que são o nosso pilar. A notícia de que um novo ser está a caminho.
São estes os momentos que trago na minha caixinha de Pandora. Ou melhor, na minha pulseira, pois houve alguém que achou que os momentos marcantes não deveriam ficar fechados numa caixinha. Pelo contrário, achou que os momentos e as pessoas que nos marcam poderiam estar connosco sempre e servir para que sempre que estivéssemos em baixo, olharmos para cada peça e recordar cada momento ou pessoa e, aí, sentir o carinho que cada peça representa.
Afinal de contas, o que é a nossa vida senão um aglomerado de momentos e pessoas?!?
A vida não é curta como tantas vezes ouvimos dizer. A vida é longa. Só é curta quando não rimos, não amamos, não vivemos. Só aí é que a nossa vida se resume a uns poucos momentos Pandora. Aí sim, podemos dizer que a vida é curta. Mas quando rimos e sorrimos, a vida ganha cor e proporciona-nos grandes momentos. Quando amamos, somos também amados e a vida ganha outro sabor. Quando vivemos, no verdadeiro sentido da palavra, quando não nos limitamos a respirar e a deambular pelo mundo, vamos coleccionando uma série de momentos felizes que iremos guardar para sempre na nossa caixinha de Pandora.
Os momentos menos bons também podem ser guardados. Não como forma de nos martirizarmos e alimentarmos a dor. Mas como fonte de inspiração para que as vitórias do futuro sejam mais apreciadas e se tornem em momentos Pandora. 

Fragolita Xana

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cantando no chuveiro

Hoje, enquanto tomava o meu duche para me refrescar deste calor que se faz sentir na serrinha, dei por mim a cantarolar no chuveiro. Mas que sensação tão boa. Sempre gostei (como acho que a maioria de nós) de cantarolar no chuveiro. Uma forma de relaxar e recarregar as baterias de energia positiva e boa disposição. Porém, cantar no chuveiro era coisa que já não fazia a algum tempo. Os pensamentos distantes, as tristezas da vida, a falta de ânimo, ou mesmo a falta de vontade de viver impediam-me de cantar no chuveiro. limitava-me a ensaboar-me, lavar o cabelo, tirar a espuma do corpo e já estava.
Mas hoje, enquanto me ensaboava com a minha esponja cor-de-rosa com um porquinho, dei por mim a cantarolar alegremente. Não cantava nenhuma musica em particular. Cantarolava. Simplesmente cantarolava uns "la la la" e isso fez-me sentir bem!! Senti-me viva e alegre! Que boa a sensação!! Não tenho nenhum motivo em particular para me sentir feliz. Não me saiu o euromilhões nem recebi uma super-hiper-mega-boa noticia. Devo ter ingerido alguma dose de boa disposição ou então foi o excesso de sol e calor. O que quer que tenha sido soube-me muito bem. Muito bem mesmo!! Assim já deu energia para mais uma semanita de aulas ( a última) e para criar vontade de estudar ( que andava a faltar ).
Assim sendo, meus amigos, cantem muito no chuveiro!! É bom!! Sabe bem!! E dá muita energia!! Como diria o anúncio do meu querido red bull "Revitaliza o corpo e a mente!!!".

Fragolita

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Saudade...
Mas afinal o que é a saudade?? Uma palavra tão portuguesa...
Será saudade sentir a falta de quem não está por perto??
Será saudade sentir falta de quem partiu??
Será saudade sentir falta daqueles momentos??
Será saudade sentir falta daquele perfume??
Será saudade sentir falta daquela voz??
Se isso é saudade então eu tenho muita saudade.
Como diria a música :"Tenho saudade de te ver..Vontade de te abraçar..."!!
Tenho saudade de quem está a noutro Continente...Tenho saudade de quem está no céu a olhar por mim...tenho saudade de quem a vida me afastou... Tenho saudade das noites a ver filmes e a comer pipocas na casa dos Heróis... Tenho saudade das noites das bolachas... Tenho saudade de falar através de músicas... tenho saudade dos tempos do colégio... Tenho saudade das horas de almoço passadas a dançar David Fonseca... Tenho saudade dos passeios no Parque Corgo... Tenho saudade de mandar a mensagem de bom dia... Tenho saudade de estar tempos infinitos ao telefone...Tenho saudade!!
Porque a saudade é sentir falta de coisas, pessoas ou momentos que nos fizeram sentir bem, que nos fizeram sentir vivos e felizes. Porque a saudade é desejar que os momentos bons sejam eternos. Mas o que é a eternidade senão uma recordação saudosista?!?! A eternidade não existe na sua plenitude. a eternidade existe apenas na nossa memória. Tudo perdura enquanto há recordação. Quando a memória apaga, ou quando a terra nos leva, a eternidade desvanece. Por isso, para quê viver desejando que aquele momento seja eterno? Viver o momento dando o melhor de nós aos outros e guardá-lo nosso coração, é fazer dele eterno enquanto a nossa própria eternidade o permitir.


Fragolita 

terça-feira, 17 de maio de 2011

16 de Maio

Se hoje encontrasse a lâmpada do Aladino pedia-lhe apenas que me concedesse um único desejo. Desejaria Força para ultrapassar os obstáculos e vencer as barreiras. Porque a maioria das vezes sinto-me fraca e fracassada. Sinto que não vou conseguir ultrapassar as vicissitudes que a vida põe no meu caminho. Sinto-me fracassada pois não encontro em mim nada que possa ser montra de um eu vitorioso. Tenho medo. Tenho medo de ser sempre a fracassada. Aquela que não acumula conquistas e vitórias exuberantes no currículo. Aquela que não tem nada de especial para mostrar ao mundo. Aquela que está constantemente a errar. Aquela de que ninguém tem orgulho. Aquela que não é importante em nada. Aquela que não é tudo para ninguém. Talvez seja culpa minha. Talvez eu não saiba ser merecedora de palavras gratificantes das pessoas. Talvez seja eu que não as mereça. Ai se encontrasse a lâmpada do Aladino… Preciso de uma injecção de força pois já não encontro mais nenhuma em mim. 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ao meu afilhado

Um dia sugeriram-me que criasse um blog onde partilhasse com os outros os meus pseudo textos.Na altura, achei que aquilo que escrevo não era suficientemente bom para tal. Mas a ideia ficou no meu pensamento. Gosto de escrever. Quando escrevo sinto-me bem. As palavras fluem com uma naturalidade que é inexplicável. É a maneira que melhor me consigo expressar.Este primeiro post dedico-o ao meu afilhado. O meu Bernardo!!O meu afilhado tem quase 3 meses e é um bébé muito lindo! É a personificação de um anjo. Sim, um anjo! Um anjo que apareceu na minha vida no dia 18 de junho do ano passado. Nesse dia chamara-me para tomar café. E eu fui. Sem numca me passar pela ideia a surpresa que iria ter. Afinal de contas um ou dois dias antes tinha perguntado à minha prima se havia novidades quanto às suas tentativas de engravidar e ela respondera-me que não havia. Mas enquanto tomávamos café ela ofereceu-me um saquinho muito giro com uma flor cor de rosa. Lá dentro estava uma garrafa onde se lia "SURPRESA". Rapidamente abri a garra e retirei o que lá estava dentro: Um diploma dedicado à melhor madrinha e um teste de gravidez. As lágrimas quase me escorreram pelo rosto tal era a felicidade. Era oficial. O meu afilhado estava já na barriguinha daquela que é a minha prima mais querida, a minha amiga, a minha irmã, a minha mãe, a minha conselheira mais verdadeira.Fiquei muito feliz!! Com os meses a passar a barriguinha foi crescendo. Ao mesmo tempo a minha vida estava a desmoronar-se. O meu namoro chegava ao fim. E em Setembro as minhas forças esgotaram-se. Não aguentava mais. Foi aí que o meu anjinho, ainda na barriguinha da mãe, me salvou. Não me deixou partir e deu-me forças para continuar a viver. sobrevivi graças a ele. Vivo por ele. Aliado a isso a gravidez também não foi descansada. Perda de sangue, ameaça de doença genética, amniocentese. Felizmente foram só sustos. O Bernardo nasceu saudável no dia 7 de Fevereiro. Teve lá um contratempo mas, mais uma vez, ele o venceu. Que bébé lindo! Os recém-nascidos nem sempre são muito bonitos. Mas o Bernardo quando nasceu era muito bonito.Hoje ele já tem quase 3 meses. Está cada dia ainda mais bonito. Já sorri, e quando o faz ilumina o espaço. Tem um sorriso carinho e, ao mesmo tempo, malandro. Não podia gostar mais dele. Adoro-o!! Ele devolveu-me a vida e o sorriso. Por isso, a ele dedico este cantinho no meio do mundo virtual onde quero deixar a quem cá vier ler, umas palavrinhas que escrevo com muito sentimento. Talvez ele daqui a uns anos, quando já souber ler, venha à net e leia alguma coisas que a madrinha escreveu. Acho que ele vai pensar que a madrinha dele é uma maluca. Bem, mas isso penso que ele já sabe.

Fragolita