quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Beleza confusa

A beleza está nos olhos de quem a vê.
Diz o ditado, diz a voz do povo, diz a sabedoria popular...
De facto, quando amamos algo/alguém reconhecemos-lhe uma beleza singular que nos atrai fatalmente. Mesmo que, aos olhos dos outros, não haja beleza alguma, quando se ama, tudo é belo, tudo irradia beleza, tudo é bom, tudo é lindo, tudo é singular.

Minha cara/ meu caro/ meus caros, sem dúvida que já foste sinónimo de beleza sem igual para alguém. Sem dúvida que já foste tudo na vida de alguém. Mas não basta ser bela, é preciso saber cultivar a nossa beleza nos olhos do outro. É preciso ter a humildade re reconhecer que toda a beleza é efémera e, por isso, temos de a cuidar e a cultivar regularmente. Só assim podemos colher os frutos do amor recíproco. É preciso ter belas atitudes, belos sentimentos, belas demonstrações, belas acções.

Não basta ter um belo sorriso e um belo corpo. Esses o tempo apaga, a maquilhagem disfarça, a roupa adquada emoldura. Quando não se cultiva a beleza nos olhos dos outros, essa beleza desvanece, morre e, por fim, deixa de existir. O amor do outro morre. E, por fim, deixa de existir.  A história tem um fim.

Nessa altura chora-se, grita-se, berra-se, zangamo-nos com o Mundo! Custa! Dói! Faz sofrer! Mas o tempo passa e a dor desaparece. Às vezes transforma-se em rancor, em inveja, em ódio camuflado de indiferença. Passa a odiar-se o outro e a pessoa que, agora, o outro ama e tem como sua bela. Mas, minha cara, vais censurar os olhos de quem já te teve como sua bela? Vais criticar a beleza de alguém quando já estiveste no mesmo lugar?? Não faças isso. Não te sujeites a tal auto-humilhação!! Aprende a cultivar a tua beleza nos olhos de quem a quer ver e, sobretudo, aprende com erro que tanto te fez sofrer.

A beleza está nos olhos de quem a vê.
Constrói a tua beleza e aprende a cultiva-la!



Fragolita